sábado, 18 de agosto de 2012

Documentário sobre a Vila União dos Operários - Parte 1



Documentário (parte 01 de 60)

Moradores da Vila União dos Operários colaborando com entrevistas para registros em vídeo das narrativas que dão conta das origens da Vila União dos Operários. É uma luta pela posse, regularização e escriturização da propriedade da terra desde o ano de 1979 até 2010. Logo no início da ocupação contam que eram umas poucas famílias que ocuparam uma área de 42 hectares de terra localizada no antigo Prado. 
Com a vitória judicial, impetrada juntamente com o Dr Jaques Alfonsin, decidiram demarcar lotes em medidas padrão de 12,5 x 30 mts e dividiram com aproximadamente mil famílias ao longo de um tempo para aquelas que não possuíam um lugar para viver e morar. Neste ínterim, criaram na teoria e na prática a função social da terra, que é um conceito, que foi incorporado na Constituição Brasileira e direcionada principalmente para as questões relativas a Reforma Agrária (1988). 
Mais de 60 moradores participaram desta ação de documentário em vídeo, organizada pela AOSOL (Associação Educativa e Cultural dos Trabalhadores Solidários) e todos os participantes receberam um DVD com as suas próprias falas. Recortes deste material estão postados na internet e algumas falas foram exibidas no espaço destinado a Coordenadoria de Relações Comunitárias na Feira do Livro do Ano de 2009, primeiro ano do Governo do Partido dos Trabalhadores e BOM em Canoas. (Filmagem e Edição Professor Luiz Antonio na Vila União dos Operários). 
Algumas datas diferem na fala entre um morador e outro, por isso, devemos relativizar por não ter sido uma ocupação de um momento apenas e sim de avanços e recuos entre uma e outra área de outros ambientes de ocupação que haviam no entorno e no município naquele período entre o final dos anos 70 e durante a década dos 80, como é o caso que relata o Sr João de Jesus, da ocupação do Guajuviras, refletindo na vida dos Moradores da Vila União dos Operários, e assim por diante. 
A fala de cada morador foi valorizada no sentido de ir captando as subjetividades daquilo que entendem da sua luta, no seu contexto e a determinação que imprimem na sua espacialidade e as releituras que elaboram no seu cotidiano ao construir discursos que dizem respeito a construção de seu lugar de vida em meio a problemática da urbanização, numa área de condições precárias e, da presença do Estado no sentido de criminalizar e reprimir, como foi observado na maioria dos relatos dos moradores mais antigos da Vila União dos Operários, nos primeiros anos de ocupação e posse da terra, desde 1979, até aos dias atuais .

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